segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Projeto Arquitetônico não é só um desenho no papel.

 

 

Como funciona o projeto de arquitetura e suas fases?




Em geral o projeto se divide em 3 fases principais:
 
1ª Fase - Anteprojeto (AP)
2ª Fase - Projeto Básico (PB) e Projeto Legal (PL)
3ª Fase - Projeto Executivo (EX)
 
Como funciona cada uma dessas fases:
 
1ª Fase - Anteprojeto (AP)
 
A fase onde o projeto é concebido. O anteprojeto é a fase onde o cliente ou contratante participa ativamente do processo. É nesta fase que ele deve dizer como deseja seu projeto e qual resultado esperado.
É importante que todas as solicitações e mudanças sejam realizadas nesta fase. Mudanças do projeto nas fases posteriores gerarão custo adicional para o contratante.
O projeto é iniciado com uma consulta à Lei de Uso e Ocupação do solo e à Informação Básica fornecida pela prefeitura para verificar as possibilidades e limitações construtivas do terreno. Essa consulta assegura que o projeto será redigido sob as leis vigentes e que será possível no futuro a emissão do habite-se/alvará.
Nessa fase são gerados desenhos técnicos de plantas, layout, setorizações, cortes, fachadas, implantação, animações 3D (maquete eletrônica), ou seja todos os desenhos necessários para o entendimento do projeto pelo cliente.
* Documentos importantes que devem preceder essa fase: Sondagem geológica, Levantamento Topográfico, Informação básica do imóvel (fornecido pela prefeitura) e outros documentos mais específicos que variam em função da complexidade do projeto.
 
 
2ª Fase - Projeto Básico (PB) e Projeto Legal (PL)
 
O projeto básico é um avanço do anteprojeto e servirá de base para a elaboração dos projetos complementares. Também pode servir de base para elaborar uma estimativa de preço da obra.
Em geral os projetos complementares são elaborados por terceiros à arquitetura e usualmente são: Projeto de Cálculo Estrutural (ES), Projeto Elétrico e Dados/Telecom (EL) e Projeto Hidro-Sanitário (HS).
Podem ainda existir projetos mais especializados, como: Prevenção e Combate a Incêndios, e Sprinklers, Descargas Atmosféricas, Fundações Especiais, Cabeamento Estruturado, Comunicação Visual, Arquitetura de Interiores, Decoração, Cozinha Industrial, Ar Condicionado, Acústica, Orçamento, Medições, Elevadores, Estudos de Impacto Ambiental, entre outros vários que possam ser necessários em função da demanda/complexidade de cada projeto.
Estes projetos complementares não fazem parte do Projeto de Arquitetura a não ser que sejam expressamente contratados junto com o projeto arquitetônico.
O projeto básico é composto por desenhos técnicos e geralmente contém: implantação, plantas cotadas de todos os pavimentos com um pré-lançamento estrutural, eixos, especificação de materiais, demolição/construção, cortes, fachadas, paginação de piso, plantas de forro e projeto luminotécnico, marcação de pontos elétricos e dados, marcação de pontos hidráulicos e memorial descritivo de acabamentos.
Solicitações de mudanças realizadas nessa fase gerarão custo adicional para o contratante, uma vez que já terão aprovado o projeto na fase de Anteprojeto.
O projeto legal pode, ou não, ser contratado. Ele cumpre com a obrigação legal de aprovação do projeto na prefeitura local e, se necessário, na administração de bairros, condomínios, shoppings, empresas e outros. Esse projeto será formatado segundo a legislação vigente e/ou exigida por cada órgão fiscalizador. O projeto legal é composto por uma documentação técnica com o mínimo de informações necessárias para a aprovação do projeto.
 
 
3ª Fase - Projeto Executivo (EX)
 
O projeto executivo deve ser considerado o "Manual de instruções da Obra". Esse documento conterá todas as informações necessárias para a perfeita execução e interpretação da arquitetura na obra.
A partir do resultado dos projetos complementares é executada a compatibilização entre eles. Todos os desenhos da arquitetura são revisados e incorporam a posição e dimensão exatas dos elementos construtivos (pilares, vigas, mezaninos, lajes, etc.)
Na 'dsgn+ eliminamos a fase de projeto chamada Detalhamento, pois o projeto executivo já incorpora ao Projeto Executivo todos os elementos referentes a essa fase.
Solicitações de mudanças realizadas nessa fase gerarão custo adicional para o contratante, uma vez que já terão aprovado o projeto na fase de Anteprojeto.
São elementos, exclusivos, do Projeto Executivo, a ampliação de áreas molhadas (cozinhas, banheiros e lavabos) em desenhos de maior escala, detalhes construtivos de cobertura, calhas, pingadeiras, rufos, escadas, rampas, varandas, guarda-corpos, portões e portas, detalhamento de mobiliário fixo, mapa de corte de esquadrias, entre outros.
A 'dsgn+ gera ao final de cada fase um arquivo único, formato .PDF com todo o projeto. Essa concentração das informações permite um melhor controle de revisões, facilita no envio de e-mails, e possibilita a visualização por qualquer usuário, mesmo sem acesso aos sistemas de Cad.
 
 
Quais são os projetos são complementares?
 
1) Levantamento Arquitetônico (LT)
O Levantamento Arquitetônico se refere ao trabalho de medição da obra "as built" em seus aspectos exteriores (sem verificação de estruturas, tubulações e outros sistemas não aparentes).
O resultado do Levantamento Arquitetônico são os desenhos técnicos, em planta e elevação, marcando pisos, portas, janelas, pilares, escadas, pé direito, entre outros, além de um levantamento fotográfico do imóvel levantado.
 
2) Estudo de Viabilidade (EV)
O Estudo de Viabilidade é uma análise técnica da viabilidade de um empreendimento ou edificação. São avaliados, a área do terreno, sua localização dentro do zoneamento da cidade e em seguida os parâmetros urbanísticos (Coeficientes de Aproveitamento, Potencial Construtivo, Área Permeável, Afastamentos, Limitações de Gabarito, Usos Permitidos, etc.) definidos pela Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS).
O resultado do Estudo de Viabilidade é um relatório técnico sobre: o que se pode e o que não se pode edificar ou parcelar em determinado local.
3) Estudo Preliminar (EP)
O Estudo de Preliminar é uma simplificação do Anteprojeto. É uma ferramenta utilizada para viabilizar ou mesmo visualizar um empreendimento ou edificação antes de avançar com o projeto arquitetônico definitivo em todas suas fases (AP|PB|PL|EX). (AP|PB|PL|EX).
Nesta fase são geradas plantas esquemáticas (setorizadas) ou croquis e perspectivas ilustrativas do empreendimento a ser construído.
 
4) Levantamento de Dados (LD)
Tem como objetivo a análise e levantamento de dados e das necessidades físico-espaciais em função de um programa funcional detalhado, incluindo uma projeção de uso e ampliações futuras, elaborada com a colaboração do contratante e dos demais envolvidos em todo o empreendimento. Este levantamento de dados é a base de informações que, aliado a levantamentos "in loco", possibilita a realização de um Plano Diretor acertado às necessidades do contratante.
Nesta fase são elaborados desenhos da implantação e da planta de cada pavimento dos edifícios (sobre levantamento arquitetônico ou projeto prévio) para a verificação da adequação de cada edifício aos seus usos. É formatado então, um organograma funcional de todos os setores com detalhamento, em um MD das inter-relações entre os diversos setores e necessidades especiais de cada um deles.
 
5) Plano Diretor (PD)
Tem como objetivo a análise detalhada e a formatação de objetivos para cada um dos setores do empreendimento. Analisando alguns itens como:
- Viabilidade de cada uma das edificações existentes de suportar os novos usos propostos
- Predisposição para suportar as futuras ampliações
- Vocação de cada um dos edifícios e sua relação com o complexo e com o entorno.
- Diretrizes de intervenção
- Diretrizes de composição e imagem.
- Critérios para futuro aproveitamento do potencial construtivo do terreno.
 
6) Compatibilização de projetos Complementares (CC)
Nesta fase cada um dos projetos complementares é analisado individualmente e em seguida superposto com todos os outros projetos relativos ao empreendimento. O objetivo é a integração técnica entre os diversos projetos e projetistas envolvidos.
Consecutivamente são elaborados relatórios e atas com a listagem de cada uma das imcompatibilidades entre os diversos sistemas e a solução proposta para cada uma delas.
 
Gerenciamento de Obras (GO)
 
Esta fase pode variar seu grau de complexidade em função da necessidade de cada empreendimento/contratante. Usualmente os serviços executados pela 'dsgn+ são: Cronograma, Orçamentos, Compras, Acompanhamento de Obra, Fiscalização, Auditorias e As Built ou até mesmo uma coordenação global do tipo Turn-key.
 
 
 
 
 

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