CHI-CHI-CHI, LE-LE-LE, CHILE!!!
4º - Chile
A natureza do país impôs suas condições e o chileno foi adaptando a construção de suas casas e edifícios de acordo com as exigências da natureza. Há terrenos planos e de fácil acesso, escarpados perto da Cordilheira e úmidos nos bosques do sul. Além do mais, o território é sísmico e, por isso, os desafios arquitetônicos são permanentes.
Atualmente, o uso adequado da tecnologia permite edificar grandes torres em altura com criativos e vistosos desenhos. Santiago e as principais cidades do país mostram ao visitante as obras de arquitetos chilenos que têm sabido ligar a história e a cultura ancestral com as novas técnicas, tendências e materiais. Ainda é possível ver no sul alguma ruca vivenda original dos mapuche; as construções de estilo colonial são frequentes em diferentes cidades, também é muito forte a influência europeia, especialmente a alemã no sul.
Esta é a primeira moradias sociais projetados de acordo com a lógica de um Mapuche ruca, na comuna de Huechuraba. O projeto qualificou como um "marco" no desenvolvimento habitacional dos aborígenes que vivem em Santiago, busca resgatar os costumes e os cosmovisión dos membros desta etnia, que na comuna atingem 10% da população.
|
Edificio Consorcio sede Santiago |
A tecnologia oferece novas possibilidades arquitetônicas sem descuidar a defesa do patrimônio. Valparaíso, a cidade porto, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO no ano 2003, graças à riqueza de suas soluções arquitetônicas. Também estão nessa categoria o Parque Nacional Rapa Nui na Ilha de Páscoa, e as igrejas de Chiloé, 16 templos de madeira integrados à rica cultura dessa zona do Chile.
Parque Nacional Rapa Nui na Ilha de Páscoa, Por todo o parque há inúmeras estátuas erigidas pelo povo da ilha denominada Moais.
|
igrejas de Chiloé |
Na diversidade da arquitetura chilena atual são importantes a simplicidade, a economia e o funcionalismo. Na área profissional convivem o pós-modernismo, ecletismo, racionalismo, modernismo e a arquitetura modular. Enrique Browne, José Cruz e Borja Huidobro são representantes do pós-modernismo; Cristián Boza pertence à corrente eclética; Fernándo Castillo Velasco e Emilio Duhart, que faleceu em 2006, são racionalistas; Mathias Klotz e Felipe Assadi representam o modernismo, e Alejandro Aravena forma parte da corrente modular. Assim como em outras áreas da cultura chilena a diversidade é a principal característica.
Os edifícios do palácio de La Moneda e da catedral de Santiago são obras do italiano Joaquín Toesca. São legados da arquitetura neoclássica do século XVIII, que marcou as pautas para o posterior desenvolvimento urbano da capital. Outro construtor estrangeiro que deixou sua marca no Chile foi o célebre engenheiro Gustave Eiffel, criador da Igreja de San Marcos, da Casa de la Gobernación e da Aduana de Arica.
No norte do país, ao redor dos trabalhos do salitre no século XIX, ingleses e norte-americanos trouxeram o estilo georgiano da Califórnia, e construíram povoados inteiros com adobe e pinheiro oregon.
Na atual paisagem urbana convivem mansões neoclássicas, como a da Rua República que Jossué Smith Solar levantou para a família Alessandri e hoje é o Departamento de Engenharia Industrial da Universidade do Chile, e edifícios vanguardistas localizados principalmente no setor leste da capital.
Atualmente, no Chile se está vivendo um processo de busca que relacione os princípios e a estética da arquitetura com novas formas de compreender a profissão e a cidade contemporânea, sem deixar de se preocupar pela identidade e pelo patrimônio arquitetônico.
Edifícios do palácio de La Moneda |