sexta-feira, 27 de junho de 2014

Um país sísmico e de louca geografia.

 


CHI-CHI-CHI, LE-LE-LE, CHILE!!!



4º - Chile

A natureza do país impôs suas condições e o chileno foi adaptando a construção de suas casas e edifícios de acordo com as exigências da natureza. Há terrenos planos e de fácil acesso, escarpados perto da Cordilheira e úmidos nos bosques do sul. Além do mais, o território é sísmico e, por isso, os desafios arquitetônicos são permanentes.
 
Atualmente, o uso adequado da tecnologia permite edificar grandes torres em altura com criativos e vistosos desenhos. Santiago e as principais cidades do país mostram ao visitante as obras de arquitetos chilenos que têm sabido ligar a história e a cultura ancestral com as novas técnicas, tendências e materiais. Ainda é possível ver no sul alguma ruca  vivenda original dos mapuche; as construções de estilo colonial são frequentes em diferentes cidades, também é muito forte a influência europeia, especialmente a alemã no sul.
Esta é a primeira moradias sociais projetados de acordo com a lógica de um Mapuche ruca, na comuna de Huechuraba. O projeto qualificou como um "marco" no desenvolvimento habitacional dos aborígenes que vivem em Santiago, busca resgatar os costumes e os cosmovisión dos membros desta etnia, que na comuna atingem 10% da população.
 
Santiago do Chile está localizada ao pé da Cordilheira dos Andes. Sua arquitetura mescla prédios modernos com construções neoclássicas e coloniais.
Entre as atrações de Santiago do Chile, estão parques, museus, igrejas históricas e uma intensa vida noturna.
 
 
A variedade climática do Chile também determina sua arquitetura. No norte seco historicamente predominam materiais como pedra, barro e palha, no centro o adobe e a telha, e no chuvoso sul, a madeira.
E no meio da história e dos vestígios dos imigrantes, se constroem edifícios inteligentes e complexos arquitetônicos de enorme magnitude, obras que expressam a criatividade dos profissionais chilenos. Inovação e vanguarda podem ser vistos por toda Santiago, incluindo os edifícios ecológicos. A paisagem urbana também mostra diversidade e contraste, desde as espetaculares obras de Borja Huidobro, talvez o arquiteto chileno mais famoso no mundo, até o minimalismo nas vivendas sociais de Alejandro Aravena
 
 
Edificio Consorcio sede Santiago


 
 
A tecnologia oferece novas possibilidades arquitetônicas sem descuidar a defesa do patrimônio. Valparaíso, a cidade porto, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO no ano 2003, graças à riqueza de suas soluções arquitetônicas. Também estão nessa categoria o Parque Nacional Rapa Nui na Ilha de Páscoa, e as igrejas de Chiloé, 16 templos de madeira integrados à rica cultura dessa zona do Chile.
 
 
 Parque Nacional Rapa Nui na Ilha de Páscoa, Por todo o parque há inúmeras estátuas erigidas pelo povo da ilha denominada Moais.
 
 
igrejas de Chiloé
 
Na diversidade da arquitetura chilena atual são importantes a simplicidade, a economia e o funcionalismo. Na área profissional convivem o pós-modernismo, ecletismo, racionalismo, modernismo e a arquitetura modular. Enrique Browne, José Cruz e Borja Huidobro são representantes do pós-modernismo; Cristián Boza pertence à corrente eclética; Fernándo Castillo Velasco e Emilio Duhart, que faleceu em 2006, são racionalistas; Mathias Klotz e Felipe Assadi representam o modernismo, e Alejandro Aravena forma parte da corrente modular. Assim como em outras áreas da cultura chilena a diversidade é a principal característica.
 
Os edifícios do palácio de La Moneda e da catedral de Santiago são obras do italiano Joaquín Toesca. São legados da arquitetura neoclássica do século XVIII, que marcou as pautas para o posterior desenvolvimento urbano da capital. Outro construtor estrangeiro que deixou sua marca no Chile foi o célebre engenheiro Gustave Eiffel, criador da Igreja de San Marcos, da Casa de la Gobernación e da Aduana de Arica.
No norte do país, ao redor dos trabalhos do salitre no século XIX, ingleses e norte-americanos trouxeram o estilo georgiano da Califórnia, e construíram povoados inteiros com adobe e pinheiro oregon.
Na atual paisagem urbana convivem mansões neoclássicas, como a da Rua República que Jossué Smith Solar levantou para a família Alessandri e hoje é o Departamento de Engenharia Industrial da Universidade do Chile, e edifícios vanguardistas localizados principalmente no setor leste da capital.
 
Atualmente, no Chile se está vivendo um processo de busca que relacione os princípios e a estética da arquitetura com novas formas de compreender a profissão e a cidade contemporânea, sem deixar de se preocupar pela identidade e pelo patrimônio arquitetônico.
 
 
Edifícios do palácio de La Moneda






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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Uma Arquitetura Camaronesa

 

3º - Camarões





O país é muitas vezes referida como "África em miniatura ", pela sua diversidade geológica e cultural. Recursos naturais incluem praias, desertos, montanhas, florestas tropicais e savanas. O ponto mais alto é o Monte Camarões no sudoeste, e as cidades mais populosas são Douala, Yaoundé e Garoua. Camarões é o lar de mais de 200 grupos linguísticos diferentes. O país é conhecido por seus estilos musicais nativos, especialmente makossa e bikutsi.
 
 
Casas Musgum, uma Arquitetura vernacular
 
 
Durante os últimos três séculos, a comunidade Musgum (ou Mousgoum) tem habitado as planícies da fronteira norte dos Camarões. Suas casas, chamadas em seu idioma de Tolek, foram conhecidas pelo ocidente na década de 1850, quando o explorador alemão Heinrich Barth viajou ao centro e norte da África.
 
 As comunidades são compostas por até 15 cúpulas de terra compactada, cada uma com uma função diferente e determinada pela necessidade do grupo familiar. Apesar de não parecerem viáveis no tecnológico e "avançado" mundo de hoje, as casas Musgum nos apresentam um grande exemplo de arquitetura sustentável, simplesmente por cumprir perfeitamente sua "tarefa": sem adornos nem excessos, respondem com exatidão às necessidades de seus usuários e aproveitam ao máximo o principal material disponível na região.
 
Manutenção de uma casa
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por muitos anos pensou-se que as casas Tolek haviam desaparecido totalmente, já que em 1930 o colonialismo francês ocupou a região, gerando mudanças nas estruturas sociais, o surgimento de doenças e a emigração de muitos habitantes locais. Porém, estas construções resistiram, e o turismo desempenhou um papel fundamental na popularidade destas nos anos 90, com o investimento da agência de desenvolvimento americana USAID. Foi assim que estas casas começaram a reaparecer, aumentando em número e resgatando um passado cultural de grande valor arquitetônico.
 
Tradicionalmente, as casas Musgum têm uma implantação peculiar, com a unidade do pai situada na parte mais importante e as unidades dos demais familiares ao redor. Esta configuração é o resultado dos objetivos e necessidades do grupo unificado. As construções de agrupam em um círculo composto por até quinze casas e um muro que as envolve, indicando que todas pertencem à mesma família.


Nem todas as casas têm o mesmo tamanho, já que isto depende totalmente de sua função. O espaço entre as casas também tem uma finalidade específica: uma área para o gado, para as brincadeiras das crianças e para os conselhos familiares. 
  

 
As casas Musgum se encontram nas planícies de Camarões e em algumas regiões do Chade, onde madeira e pedra não estão disponíveis. É por isso que se usa a terra artesanal, que não necessita de formas para sua aplicação. O uso deste material nas paredes espessas não apenas mantém a casa em uma temperatura amena, como também é um método construtivo de baixa emissão de CO2.
 
 
Cidade de Kribi em Camarões na África
 
 
Yaoundé, Camarões
 
Yaoundé Cathédrale
 
Mfoundi, um dos mercados da cidade ao ar livre
 
O centro da cidade de Yaoundé, capital dos Camarões  abriga o  escritórios do governo, alguns hotéis e o mercado central. O bairro Bastos, com a maioria das casas de propriedade de camaroneses, abriga as embaixadas e os estrangeiros da Comunidade Europeia, pertencentes principalmente aos corpos diplomáticos. O palácio presidencial e complexo está localizado no bairro Etoudi.
 
Duala, a maior cidade de camarões.
 
 
A cidade de Duala está localizada ao leste do país, às margens do Golfo da Guiné, no Oceano Atlântico, exatamente na desembocadura do rio Wouri. A cidade se estende a ambas margens do rio, unidas pela ponte Bonaberi. Douala é uma das cidades mais importantes do país e a capital econômica dos Camarões.
 
 
 
 
 
 
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sábado, 14 de junho de 2014

Uma Arquitetura de "Sombrero"


2º - México

 

Ser uma das nações com maior quantidade de locais designados como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO é um privilégio que o México ostenta. Possuindo uma herança forjada há mais de dois mil anos, a arquitetura mexicana é uma fusão interessante de elementos pré-hispânicos, coloniais que, por sua vez, são uma mistura de contribuições mouriscas, judaicas e castelhanas, modas afrancesadas do século XIX, elementos do Art Decó, Art Noveau e desenhos Avant Garde que foram propostos pelos brilhantes arquitetos mexicanos Teodoro González de León, Pedro Ramírez Vázquez e Luis Barragán.


Basílica de Guadalupe

A cidade de Guanajuato e as estreitas e labirínticas ruas deste antigo povo mineiro o levarão para o Templo da Valenciana, um tesouro do Churrigueresco, uma exaltação do barroco que data do século XVII. Também o neoclássico Teatro Juárez e o magnífico edifício da Universidade de Guanajuato.


Universidade de Guanajuato

O sudeste do México foi evangelizado por dominicanos e seu legado arquitetônico continua vivo para surpreendê-lo. O templo de Santo Domingo, com sua capela coberta de ouro e prata, o convida a descobrir detalhes em cada esquina. Porém, aceitar o desafio significa ficar aí, cativado pela sua beleza durante todo o dia. A poucos passos do templo, o centro cultural de Santo Domingo, um antigo convento que atualmente é um dos maiores centros culturais do México, alberga a maior coletânea de objetos pré-hispânicos e de arte colonial de Oaxaca. Ainda hoje, é possível respirar um pouco de tranquilidade monástica nos corredores deste belo edifício.


Templo de Santo Domingo

A atividade econômica e política mais importante do país, sempre teve lugar na cidade do México, e isto é refletido na arquitetura. O Palácio de Correios, de estilo veneciano, o eclético Palácio de Bellas Artes e a icônica Torre Latino-americana, o primeiro arranha-céus do México, criam um interessante contraste numa das esquinas mais representativas do Centro Histórico.

 

 

Palácio de Correios
Palácio de Bellas Artes



Torre Latino-americana



Uma extraordinária rede de caminhos subterrâneos corre debaixo da cidade do Guanajuato colonial. A melhor forma de explorar o centro de Guanajuato é a pé. Praças de estilo europeu se entrelaçam por meio de ruas de pedra e becos que ziguezagueam para cima e para baixo da ladeira, muitas delas são unicamente para pedestres e demasiado estreitas para permitir o passo dos automóveis. Dirigir pelas ruas de Guanajuato constitui um desafio para os automobilistas. O Rio Guanajuato costumava correr debaixo da cidade e, com frequência, era a causa das inundações nas ruas, especialmente durante a temporada de chuvas. Em meados do século 20, os engenheiros construíram uma represa para redirigir o rio para as cavernas subterrâneas e assim paliar as inundações. Mais adiante, esse rede de túneis subterrâneos foi transformada em vialidades para dar cabida ao tráfego da cidade.

 

 

Rede de caminhos subterrâneos

 

O centro histórico de Mérida é um dos maiores do México e se estende de modo rectilíneo. Muitos dos edifícios que se acham aqui, incluindo os que estão ao redor da Praça Grande, foram construídos durante a época colonial ao longo dos séculos XVIII e XIX.
A Catedral de São Ildefonso é a catedral mais antiga do continente e uma das principais atrações de Mérida. Foi construída entre 1561 e 1598 com as pedras das ruínas das pirâmides e templos maias. O interior está muito pouco enfeitado e um crucifixo detrás do altar principal simboliza a reconciliação da herança espanhola e maia da cidade.


Catedral de São Ildefonso

 

Izamal, a mágica cidade amarela

 

 

Izamal, um encanto colonial com o selo próprio de um povo pequeno. Este destino é um dos Povos Mágicos do México, distinção outorgada pela Secretaria de Turismo mexicana aos povos que possuem um legado histórico ou cultural importante. Todas as casas, lojas e igrejas deste lugar estão pintadas de amarelo dourado e o povo recebeu o apelido de "A Cidade Amarela". 
Izamal foi um importante centro religioso maia e os sítios arqueológicos de quatro grandes pirâmides que dominam o centro do povo. O cume da pirâmide Kinich Kak. Construída durante o período clássico anterior, esta pirâmide, dedicada ao deus do sol dos maias, abrange um quarteirão inteiro e oferece magníficas vistas do povo e da região circundante de Yucatan.

 

 



 


 

 

Santa Fé, com uma arquitetura predominantemente corporativa.

 
 

 
 
O Distrito de Santa Fé, localizado no extremo oeste da Cidade do México, constitui uma destas áreas, fruto de um Projeto Urbano especifico, que vem articulando a participação da iniciativa privada e a gestão publica da valorização da terra urbana e a obtenção de recursos ou mais-valias, aplicadas no desenvolvimento e na recuperação do Centro Histórico e de outras regiões carentes.

 
Bar temático da heineken

 

Corporativo torre blanca

 

 A torre Verde

 

Torre de Cuajimalpa, 36 andares e 25.000m². Construida na Cidade do México.

 

O projeto é baseado em um apartamento de nível, com uma área de 400 m2 e um jardim de 160 m2, os apartamentos giram em um ângulo de 90 ° em níveis mais elevados os jardins foram localizados no teto do quarto nível mais baixo.
O projeto da Torre de Cuajimalpa faz uma releitura (agora é moda fazer releituras – antes liamos mal?) de um prédio de apartamentos com a incorporação de grandes jardins em todos os níveis além da organização do espaço interno de forma que permita aproveitamento máximo da configuração do jardim. Isto foi possível graças à idéia de configuração helicoidal entre os apartamentos nos diferentes andares, maximizando também a entrada de luz.
Esta distribuição permite uma vegetação de maior porte, possibilitando a criação de jardins mais atraentes e com aspectos de jardins de solo. 


Assim é o nosso 2º adversário na Copa.




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segunda-feira, 9 de junho de 2014

A arquitetura dos nossos adversários, da Copa de 2014.

 

 

  1º - Croácia

 

Uma arquitetura com ares históricos.

 

Arquitetura na Croácia reflete a influência das nações limítrofes. Influências austríaca e húngara são visíveis no espaço público e edifícios nas regiões norte e central. Grandes praças nomeado para heróis culturais, bem arrumada parques e zonas pedonais, são características dessas cidades ordenadas, ciades. Cores suaves prevalecer, especialmente tons de amarelo e dourado. Nas áreas urbanas, as casas são construídas até a rua. Um pátio interior, por vezes, oferece espaço para um pequeno jardim. Casas modernas em cidades e aldeias têm geralmente dois ou três andares com alvenaria e reboco.

Pula, a mais antiga cidade da Croácia 





Ao longo da costa, a arquitetura é do Mediterrâneo. Casas são normalmente feitas de estuque e pintada de branco, e têm telhados de telha vermelha. Cidades e vilas ainda tem a característica de abrir mercados, praças e igrejas católicas, mas são menos propensos a ser definido em uma grade limpa. De um modo geral, a arquitetura continental é de bitola arquitetura barroca e zonas costeiras são exemplos da arquitetura renascentista.


Igreja de Notre-Dame de Kamen - Dubrovnik - Croácia

Sponza Palácio - Dubrovnik - Croácia







A prova de que as cidades não se medem aos palmos, esta pequena capital na borda da Europa tem movimento, também sabe como mesclar o velho e o novo, é fashion (os designers e a moda da cidade são dos mais criativos do momento), artística e feita de vários sabores. O Museu de Arte Contemporânea, o maior de todo o país, acabou impulsionando a cena vanguardista de Zagreb, uma cidade que ainda apresenta traços da divisão que marcou o seu nascimento e séculos de disputas: de um lado Kaptol, na cidade baixa e onde estão os lugares mais emblemáticos, e do outro Gradec, onde o Museu Municipal de Zagreb é o melhor lugar para ficar a conhecer a história e a cultura da capital.

Zagreb

Quem vai a Zagreb não esquece os mercados ao ar livre, a cozinha caseira ou o comércio de rua, que vêm de influências como a muçulmana ou a húngara, os produtos artesanais que lhe dão um charme especial, os parques e jardins que enchem as ruas de verde e enriquecem a  arquitetura.

Museu de Arte Contemporanea de Zagreb
 
O predio onde se localiza o museu è novo, foi inaugurado no final de 2010 e, pra quem gosta de arte contemporanea, è uma otima oportunidade para conhecer principalmente o trabalho de artistas croatas.

Uma das maiores atraçoes do museu è o “Double Slide” do artista belga Carsten Holler, è um escorregador duplo que funciona tambem como saida do museu.



Brasil ou Croácia? Povos distintos, culturas adversas e beleza a parte. Seja na arquitetura ou no esporte. 

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